Você está aqui: Página Inicial / Graduação / Undergraduate Program / Curso de Bacharelado em Filosofia / Linhas de Pesquisa para o Trabalho de Pesquisa

Linhas de Pesquisa para o Trabalho de Pesquisa

LINHAS DE PESQUISA – BACHARELADO EM FILOSOFIA

 

Todos os professores que oferecem disciplinas para o bacharelado em Filosofia podem orientar as disciplinas de pesquisa. A orientação de professores externos ao curso deve ser submetida à apreciação do Conselho do Curso. Pede-se que o aluno entre em contato com o professor orientador antes de se inscrever na disciplina de pesquisa. Outras informações, consultar o projeto pedagógico.

 

PROFA. DRA. ANA CAROLINA SOLIVA SORIA

 Doutora em Filosofia (subárea: Filosofia da Psicanálise)

Áreas de atuação: Filosofia da Psicanálise, Filosofia de Arthur Schopenhauer

Linhas de pesquisa:

Filosofia da Psicanálise. A presente linha tem como objeto de estudo os aspectos teóricos das obras metapsicológicas, culturais e clínicas psicanalíticas. O desenvolvimento da pesquisa se dará pelo exame atento de textos escolhidos e não pode prescindir de uma reflexão acerca dos aspectos históricos e filosóficos da psicanálise. A pesquisa atenta e rente às obras escritas permitirá ao aluno investigar a natureza e a validade do saber que a psicanálise constitui.

Filosofia de Arthur Schopenhauer. Esta linha se volta para o estudo da relação entre o que pode subsistir fora do conhecimento submetido à individuação (e que é metafísico, a saber: a vontade com coisa em si) e o que está submetido aos princípios de determinação do fenômeno (e que é, por sua vez, físico). A investigação rente ao texto e a inserção do pensamento de Schopenhauer na História da Filosofia também se fazem aqui presentes.

 Tópicos:

- Realidade e fantasia;

- Corpo e pulsão;

- Vontade e representação;

- Metapsicologia;

- Natureza e cultura;

- Escritura de caso clínico.

 

PROF. DR. BENTO PRADO DE ALMEIDA FERRAZ NETO

 Doutor em História da Filosofia Contemporânea

Áreas de atuação: História da Filosofia Moderna, História da Filosofia Contemporânea, Filosofia da Linguagem

 Linhas de pesquisa:

História do empirismo britânico clássico. O fio condutor para o exame dos empiristas britânicos clássicos (Locke, Berkeley Hume) é o conceito de idéia e suas relações com o a idéia de conceito. Trata-se não apenas de um trabalho de exegese dos textos desses autores, mas também de compreender o modo pelo qual essa tradição veio se constituir, a partir de um olhar retrospectivo, como pré-história da psicologia empírica do século XIX.

Wittgenstein. O fio condutor para o exame da obra de Wittgenstein é o ponto de ruptura com o “Tractatus Logico-Philosophicus”, ali pelos anos 30.

Subjetividade e temporalidade na filosofia contemporânea. O fio condutor para o exame das relações entre subjetividade e temporalidade é fornecido pela teia de relações entre diversas análises do tempo oferecidas por autores da filosofia contemporânea, em especial: Bergson, Wittgenstein e Husserl.

 Tópicos:

- ideia, conceito e reflexão em Locke, Berkeley e Hume

- a “epistemologia” do Tractatus

- filosofia da matemática no Tractatus

- subjetividade e temporalidade na filosofia contemporânea

  

PROFA. DRA. CELI HIRATA

Doutora em Filosofia (Subárea: História da Filosofia Moderna)

Áreas de atuação: História da Filosofia Moderna; Metafísica, Ética e Filosofia Política; Teoria do Conhecimento

 Linhas de pesquisa:

Os meus estudos concentram-se na filosofia do século XVII, com ênfase nos seguintes temas:

Filosofia de Thomas Hobbes. Esta linha de pesquisa consiste em um estudo sistemático da filosofia de Hobbes, com ênfase na questão da necessidade e contingência e de sua relação com a concepção hobbesiana de liberdade, inclusive em seus desdobramentos políticos.

Teleologia e uso das causas finais no século XVII. Esta linha de pesquisa consiste em um exame da concepção seiscentista de natureza como máquina, em especial nas filosofias de Francis Bacon, Descartes, Hobbes e Leibniz, analisando a relação dessa concepção com a de teleologia.

 Tópicos:

- Causalidade, mecanicismo e determinismo;

- Necessidade e liberdade;

- Teleologia e natureza;

- Razão e experiência;

- Física e metafísica;

- Física e ética.

 

PROFA. DRA. DÉBORA CRISTINA MORATO PINTO 

 Doutora em Filosofia (Subárea: História da Filosofia Contemporânea)

Áreas de atuação: História da Filosofia Contemporânea; Filosofia da Psicologia; Filosofia Francesa Contemporânea; Metafísica.

 Linhas de Pesquisa:

História da Filosofia Contemporânea: Estudo sistemático e profundo da filosofia de Bergson compreendendo suas principais obras e os trabalhos de comentadores, principalmente dos anos sessenta até hoje. Análise da filosofia da duração tomando como núcleo a ontologia da memória. Estudo do lugar de Bergson na filosofia contemporânea, de suas relações com seu passado, especialmente através de sua crítica à filosofia moderna, concentrada sobretudo na filosofia kantiana; e das relações com a filosofia posterior, especialmente autores do século XX como Merleau-Ponty e Deleuze.

Epistemologia da Psicologia e da Psicanálise: Estudo da História da Psicologia e dos Sistemas psicológicos desde o século XIX até hoje, com vistas a analisar, discutir e investigar seus fundamentos epistemológicos e suas bases ontológicas. Estudo de autores da área a fim de circunscrever seu diálogo com a Filosofia e as contribuições mútuas entre os dois domínios. Desenvolvimento de pesquisa e discussão interdisciplinar e de reflexões conceituais em torno das ciências humanas. Especificamente, estudo dos teóricos da Gestalt e de autores como William James em sua relação com a filosofia de Bergson e a fenomenologia francesa.

Filosofia Francesa Contemporânea: Estudo de autores franceses dos séculos XIX e XX com vistas a estabelecer um campo de questões, temas e caminhos comuns, investigando a pertinência da delimitação de um lugar filosófico específico para tais autores e temas. Estudo das ressonâncias das obras de Bergson, Sartre, Merleau-Ponty, Deleuze, Foucault, etc., na reflexão filosófica atual. Análise da contribuição desses autores às ciências humanas bem como do papel que outras disciplinas, tais como a Psicologia e a Antropologia, representaram no desenvolvimento interno de suas obras.

Tópicos: 

 - A filosofia da duração: da subjetividade à natureza, da duração à memória e à criação; 

- A crítica do Nada e a interpretação de Bento Prado Jr: a filosofia de Bergson como ontologia da Presença; 

- A ontologia da memória de Bergson.

- Ciência e metafísica na filosofia concreta.

- Humanidade, filosofia moral e duração.

- Da psicologia da percepção à filosofia da existência. Merleau-Ponty e os teóricos da Gestalt.

- A crítica do negativo em Bergson – principais contribuições de Bento Prado Júnior.

 

PROFA. DRA. ELIANE CHRISTINA DE SOUZA 

 Doutora em História da Filosofia Antiga 

Áreas de atuação: História da Filosofia Antiga, Filosofia da Linguagem 

Linhas de pesquisa:  

Linguagem e conhecimento em Filosofia Antiga. Tem-se como objetivo proporcionar um instrumento de exame e discussão das questões sobre linguagem e conhecimento no pensamento antigo, desde os Pré-Socráticos até Platão.  

Diálogo e dialética em Platão. O objetivo é estudar os diálogos de Platão a partir do modo diálogo, considerando o papel da dialética desde os primeiros diálogos até os diálogos de velhice. 

Tópicos: 

 - mito e filosofia; 

- a teoria do fluxo heracliteana; 

- ser, pensamento e logos em Parmênides; 

- percepção e lógos em Protágoras; 

- a crítica à ontologia eleata em Górgias; 

- formas e conhecimento em Platão: imitação, participação, reminiscência; 

- lógos e verdade em Platão.  

 

PROF. DR. FERNÃO DE OLIVEIRA SALLES DOS SANTOS CRUZ

Doutor em Filosofia

Área de atuação: História da Filosofia Moderna

Linhas de pesquisa:

Antropologia, teoria da linguagem e empirismo em Condillac. Descrição: O fio condutor é o estudo da filosofia de Étienne Bonnot, abade de Condillac, e, em especial, a relação entre sua inovadora teoria dos signos e os pressupostos empiristas de sua antropologia e teoria do conhecimento.

Estética e moral na filosofia do século XVIII. Descrição: É freqüente a relação entre estética e moral no século XVIII. Entre autores de língua inglesa, como David Hume, Adam Smith e Francis Hutcheson, por exemplo, há importantes semelhanças na apreensão das formas belas e das qualidades morais, os juízos morais e os estéticos são passíveis de não menos importantes analogias e o estudo da crítica e o da moral produzem benefícios recíprocos na constituição desses saberes. O cruzamento desses dois âmbitos, a estética e a moral, não passou despercebido pelas outras vertentes da filosofia setecentista. O tema foi central também para o pensamento de expressão francesa. Veja-se, por exemplo, sua ocorrência em filósofos como Rousseau, Diderot e Voltaire. As possíveis relações entre esses dois campos, a bem da verdade, constituíram um dos eixos da reflexão da época, razão pela qual a pesquisa desenvolve-se em diversas frentes e por diferentes pesquisadores. Essas relações, suas conseqüências e os problemas que elas envolvem são os objetos que  se pretende investigar.

 

PROF. DR. FRANCISCO PRATA GASPAR

Área de atuação: História da Filosofia Moderna; Ética e Filosofia Política.

Linhas de pesquisa: A questão da subjetividade na história da filosofia; ética e

filosofia política.

Projetos de pesquisa: filosofia transcendental e idealismo alemão, crítica à ontologia e

crítica à metafísica clássica, crítica da moral.

Descrição: 1) a crítica kantiana à metafísica clássica: a Analítica Transcendental como

doutrina da verdade e a transformação da velha ontologia em analítica do entendimento

“humano”; 2) a crítica cética ao kantismo: Gottlob Schulze e Salomon Maimon; 3) a

doutrina da ciência de Fichte e o caráter discursivo da filosofia pós-kantiana; 4) Fichte e

a gênese do direito e da política a partir da gênese da intersubjetividade; 5) Schelling e a

passagem da filosofia transcendental para a ontologia da filosofia da natureza; 6) Jacobi

contra Fichte: a doutrina da ciência entendida como a culminância do projeto de toda

filosofia ocidental: o niilismo; 7) Nietzsche, a crítica da moral e o problema da vontade

de verdade: o projeto de crítica da moral articulado ao projeto de crítica a toda noção de

verdade – o niilismo como seu terreno histórico e condição de possibilidade.

 

PROFA. DRA. JANAINA NAMBA

Doutora em Filosofia

Áreas de atuação: Filosofia da Psicanálise

Linhas de Pesquisa:

Filosofia da psicanálise. A presente área de pesquisa tem como objeto o estudo teórico das obras psicanalíticas, seja quanto aos aspectos metapsicológicos, culturais ou clínicos, seja relacionando às obras de antropologia do séc. XIX e às obras de antropologia estrutural. O desenvolvimento da pesquisa deve ser feito através de leitura atenta e criteriosa de textos escolhidos. A partir dessa leitura, deve-se levar em consideração, a reflexão acerca dos aspectos históricos e filosóficos da psicanálise. Desse modo, a base da pesquisa se deve a uma leitura rente aos autores clássicos da psicanálise como Freud, Lacan ou Winnicott, bem como autores da antropologia como James Frazer, Robertson Smith, Marcel Mauss e Claude Lévi-Strauss. 

 Tópicos:

- Metapsicologia;

- Cultura;

- Clínica;

- Antropologia.

  

PROF. DR. JOSÉ EDUARDO MARQUES BAIONI

Doutor em Filosofia

Áreas de atuação: História da Filosofia Moderna e Contemporânea. 

Linhas de pesquisa: 

1. Temáticas intrínsecas ou associadas aos grandes sistemas metafísicos da modernidade (Descartes, Espinosa, Leibniz). 

2. Temáticas intrínsecas ou associadas aos grandes sistemas da filosofia clássica alemã (Kant, Fichte, Schelling, Hegel).

3. Temáticas intrínsecas ou associadas ao vinculo entre a História da Filosofia e a História das Ciências, em particular no período moderno. 

Recomenda-se que o aluno faça previamente um texto breve para apresentar seu interesse pela área e, se houver já, um objeto de pesquisa ou problema filosófico mais específico.

 

PROF. DR. LUÍS FERNANDES DOS SANTOS NASCIMENTO

Doutor em Filosofia (Subárea: Estética)

Áreas de atuação: História da Filosofia Moderna e Estética

Linhas de Pesquisa:

Estética e Moral no século XVIII. Trata-se de entender e analisar o papel que as noções estéticas desempenham no interior da História da Filosofia, isto é, temas como a criação artística, a atividade da imaginação, a apreciação e a contemplação do objeto dito belo, a relação do gênio com o gosto, bem como o uso que os filósofos fazem desse tipo de tópico e os desdobramentos dessas questões nos séculos posteriores. Autores como Shafterbury, Denis Diderot, David Hume, Immanuel Kant, Gilda de Mello e Souza são alguns dos pensadores que podem ser investigados nessa área.

Tópicos:

- Filosofia e arte 

- Moral e estética 

- Modernos e antigos

- Gosto e crítica

- A querela do luxo

 

PROF. DR. LUIZ DAMON SANTOS MOUTINHO

Doutor em Filosofia

Áreas de atuação: História da Filosofia Contemporânea; Ética e Filosofia Política

Linhas de Pesquisa: A questão da subjetividade na história da filosofia. Ética e filosofia Política.

Projetos de pesquisa: Fenomenologia, Ontologia, Política e História da Filosofia.

Descrição: 1) Fenomenologia e herança clássica: análise da leitura fenomenológica da filosofia clássica, sobretudo de Descartes e Kant, e, no caso da fenomenologia francesa, de Hegel. 2) Debate entre Husserl e Heidegger: Fenomenologia entre idealismo transcendental e ontologia. 3) Os desdobramentos do projeto merleaupontiano em sua última ontologia. 4) Fenomenologia e dialética em Sartre: passagem ao problema da História. 5) O problema do Humanismo: o estatuto das "Ciências Humanas", o debate entre fenomenologia e "estruturalismo". 6) Política e ontologia: o modelo de Claude Lefort à luz da ontologia de Merleau-Ponty: da "fenomenologia do social" ao pensamento do "simbólico". 7) A "fenomenologia da vida" de Renaud Barbaras: um projeto além de Merleau-Ponty.

 

PROFA. DRA. MARISA DA SILVA LOPES

Doutora em Filosofia (subárea: História da Filosofia Antiga)

Áreas de atuação: Ética e Filosofia Política, Filosofia Antiga, História da Filosofia.

Linhas de pesquisa:

Metafísica na Filosofia Antiga

Trata-se de buscar entender de que modo a construção da metafísica de Aristóteles decorre de seu polêmico diálogo com as concepções platônicas, determinadamente as dos diálogos Teeteto e O Sofista.

 Tópicos:

- Sobre a noção de conhecimento verdadeiro.

- Sobre a noção de discurso verdadeiro.

- Sobre a concepção de ser.

Ética e Filosofia Política: A linha de pesquisa estuda o problema da constituição do sujeito moral e da natureza do poder político. Para isso, a linha se divide nesses dois eixos fundamentais, ética e política, que permitem abordar temas como regimes políticos, virtude, amizade, soberania, poder, revolução, representação, democracia, além de considerar a relação entre teoria e prática e a crítica das ciências humanas. Especificamente, trata-se de estudar a relação entre a ética e a política aristotélicas que se constrói por meio da noção de 'eudaimonia', fim último tanto do homem quanto da Cidade. Nem o homem nem a Cidade podem realizá-lo sem que se instituam leis capazes de fornecer princípios gerais de conduta extraídos da compreensão do homem como um ser racional e político cujas ações podem tender ou não à realização de sua natureza. Tendo essa finalidade como norma ético-política, Aristóteles e autores como, em particular, Jean-Jacques Rousseau, conceberão a associação política como a instância de efetivação dos atributos propriamente humanos: para Aristóteles, a razão guiada pela justiça, para Rousseau, a liberdade.

Tópicos:

- A noção de deliberação em Aristóteles.

- Sobre a natureza humana em Aristóteles.

- Sobre a natureza humana em Jean-Jacques Rousseau.

- Sobre a concepção de justiça em Jean-Jacques Rousseau.

- Sobre a liberdade dos Antigos comparada à dos Modernos.

 

PROFA. DRA. MONICA LOYOLA STIVAL

Doutora em Filosofia

Áreas de atuação: Filosofia contemporânea e Filosofia política

Linhas de pesquisa:

Sujeito e subjetividade na filosofia contemporânea: Trata-se de compreender o significado de noções como “homem", “sujeito” e “subjetividade” na filosofia da segunda metade do século XX e do século XXI. Para tanto, pretende-se acompanhar diferentes arqueologias do sujeito (Foucault, Alain de Libera, Deleuze). Esta pesquisa pretende refletir sobre esse tema filosófico em contato estreito com a antropologia.

Poder e governo na filosofia política: Pretende-se analisar momentos importantes da história da filosofia política (Hobbes, Rousseau, Marx, Foucault) em função da noção de poder e de governo, relacionando as formas de governo ou estruturas de Estado à concepção de indivíduo/pessoa/sujeito que lhes é correspondente. Trata-se, portanto, de relacionar a dimensão política e a dimensão antropológica da vida social.

 Tópicos:

- Sujeito / subjetividade;

- Autossubjetivação;

- Corpo, agência, "eu";

- Poder e governo;

- (Neo)liberalismo / democracia;

- Relação entre moral, política e direito.

  

PROF. PAULO ROBERTO LICHT DOS SANTOS 

 Doutor em Filosofia

Áreas de atuação: Filosofia kantiana e idealismo alemão 

Linhas de pesquisa: Os meus estudos concentram-se na filosofia kantiana, bem como a relação da filosofia kantiana com o idealismo alemão. Temáticas particularmente examinadas:  

 - Desenvolvimento da filosofia crítica: etapas de formação da filosofia crítica: crítica à metafísica 

 - Questão da representação e do conhecimento: investigação da filosofia kantiana a partir do problema da representação e da constituição da objetividade.  

 - Filosofia Prática de Kant – a fundamentação crítica da moral  

 - Fichte e a recepção da filosofia kantiana  

  

PROFA. DRA. SILENE TORRES MARQUES

Doutora em Filosofia

Área de atuação: Filosofia francesa contemporânea

 Linha de pesquisa: A noção de consciência na filosofia francesa contemporânea (Séculos XIX e XX). Objetivo e Quadro Conceitual:

1) Estudo da noção de consciência em autores da filosofia francesa do século XIX, sobretudo dos que tenham contribuído para a caracterização do assim chamado “espiritualismo francês”. Pouco estudado nas academias, este período da história da filosofia apresenta singularidades. Primeiramente, as suas origens, pois o percurso que conduziu esta filosofia à reflexão sobre as profundezas do espírito incluiu, sobretudo, a recusa das influências filosóficas anglo-saxônicas e alemãs e uma reflexão crucial sobre a relação entre a consciência e os movimentos corporais. Em segundo lugar, sua oposição ao “cientismo”, pois esta filosofia não apenas visava restaurar os legítimos direitos da metafísica, mas também instaurava um debate com as ciências nascentes (sobretudo a psicologia), ciências cuja autonomia não poderia ser adquirida sobre bases científicas.  

2) Exame da noção de subjetividade em alguns autores da filosofia francesa contemporânea (século XX). As ressonâncias da filosofia francesa do Século XIX são visíveis em alguns filósofos deste período e são expressas justamente no modo como eles reconfiguram a problemática da consciência: esta não é mais “transcendência desencarnada” e implica uma relação com o corpo e muitas vezes com o universo; por outro lado, a vida subjetiva passa a ser pensada em suas várias dimensões (afetiva, perceptiva, reflexiva, objetiva). O próprio dualismo mente-corpo aparece sob novas bases, uma vez que a noção de consciência abarca o próprio estatuto do corpo, implicando, sobretudo, um questionamento acerca do que é existir, tendo um corpo. Por essas razões, esta noção adquire uma concretude a qual expressa a realidade humana tomada em sua contingência.   

O trabalho de pesquisa poderá ser desenvolvido com base em autores como Maine de Biran, Félix Ravaisson, Henri Bergson, Jean-Paul Sartre e Gilles Deleuze.